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O STF mostra os dentes para a “Economist”, mas revela a gengiva

A resposta do ministro Barroso à crítica da revista Economist expõe a fragilidade do STF frente à pressão internacional. A nota oficial, em vez de reafirmar a força institucional, revela um tribunal vulnerável às acusações de politicagem.

Decisão do STF: No último fim de semana, o ministro Barroso manifestou-se contra uma reportagem da Economist publicando uma nota oficial. Este desagravo institucional se mostrou ineficaz e evidenciou a fragilidade da Corte.

A resposta de Barroso, ao tentar refutar pontos da matéria, refletiu uma reação quase adolescente às críticas. A nota continha inverdades, como a negação de que o ministro havia declarado: “nós derrotamos o bolsonarismo”, embora isso esteja documentado.

Barroso afirmou que a revista “reproduz a narrativa daqueles que tentaram o golpe de Estado”. Contudo, a tentativa de golpe ainda está em julgamento pelo STF. Essa afirmação levantou dúvidas sobre a seriedade da Corte em antecipar decisões.

Este não é o primeiro desagravo de Barroso. Em janeiro de 2025, ele já havia rebattido críticas ao STF em artigo no Estadão. O incomodo crescente indica que a pressão internacional sobre o STF, mais difícil de silenciar, começa a ganhar força.

A exposição internacional, embora constrangedora, pode ser um impulso necessário para que o STF recupere seu papel original: interpretar a Constituição, sem legislar ou intimidar.

Se não houver mudança, o STF corre o risco de continuar sendo exposto ao ridículo internacional. A lição da nota revela que a Corte está, na verdade, frágil e isolada, sob o olhar atento do mundo.

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