O romance perdido de 1934 que já fazia alerta assustador sobre horrores do regime nazista
A nova republicação de "Crooked Cross" resgata a obra de Sylvia Carson, que retrata a ascensão do nazismo sob a perspectiva de uma família alemã. O romance, publicado em 1934, destaca a dolorosa realidade de uma nação civilizada que sucumbe ao autoritarismo e às divisões familiares.
Oitenta anos após o Dia da Vitória, romances sobre a Segunda Guerra Mundial continuam em alta.
A demanda por histórias sobre a Europa em guerra aumentou desde a publicação de Toda luz que não podemos ver, de Anthony Doerr, ganhador do Prêmio Pulitzer em 2015.
Histórias de amor, batalhas e resistência dominam as listas de best-sellers.
Um destaque é o livro Crooked Cross, de Sylvia "Sally" Carson, recentemente republicado pela Persephone Books. A obra, escrita em 1934, retrata o início da tirania nazista em uma pequena cidade alemã.
A narrativa segue a família Kluger, que vivencia a mudança drástica na sociedade alemã entre o Natal de 1932 e o solstício de verão de 1933.
Carson demonstra uma visão antecipatória dos horrores que viriam, embora seu trabalho tenha caído no esquecimento após sua morte prematura em 1941.
O enredo apresenta temas de lealdade e ideologia enquanto Helmy Kluger se envolve com os nazistas e Lexa luta para manter seu noivado com o judeu Moritz Weissman.
A obra reflete sobre como um povo civilizado pode sucumbir ao autoritarismo e provoca questionamentos pessoais sobre lealdade e ideologia.
A ressurreição de Crooked Cross traz à tona questões relevantes, especialmente em tempos de populismo e extremismo crescentes.
O livro merece um lugar no cânone da literatura da Segunda Guerra Mundial.