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O que participantes da COP30 encontrarão no Pará?

O Pará se destaca pela produção de commodities, mas enfrenta sérios desafios em saúde, educação e segurança pública. O estado tem a oportunidade de transformar sua realidade, utilizando a riqueza mineral para financiar políticas públicas sustentáveis.

COP 30 ocorrerá em novembro no Pará, gerando discussões sobre restrições logísticas e os resultados do encontro.

A economia do Pará cresce mais que a média nacional, com taxa anual de 2,7% nos últimos 20 anos, superando o 1,8% do Brasil.

O estado se destaca como o maior produtor de minérios do Brasil, enquanto a pecuária bovina representa 25% da produção nacional. Em 2024, o estado exportou US$ 23 bilhões em commodities, quase metade do seu PIB.

No entanto, esse desempenho econômico não se reflete em melhorias no mercado de trabalho e na qualidade de vida. Os indicadores de educação básica estão entre os piores do Brasil, enquanto a taxa de desemprego chegou a 7,5% em 2024.

A informalidade no mercado de trabalho é a mais alta do país, com 59% entre 2021-2024. A renda média per capita é apenas 60% da média nacional.

Existem 1,36 milhão de famílias recebendo o Bolsa Família no estado, mas a desatualização do Cadastro Único compromete a focalização das políticas sociais. O Pará enfrenta sérios problemas em saúde, saneamento e segurança, com 30,1 homicídios por 100 mil habitantes.

A situação na segurança pública é alarmante, com grilagem, exploração ilegal e corrupção policial. Ambientalmente, o estado é o mais desmatado da Amazônia Legal desde 2006, contribuindo para emissões prejudiciais.

O Pará tem a chance de transformação, especialmente pela sua reserva de minerais estratégicos para a transição energética. É crucial utilizar as rendas da mineração para financiar políticas públicas que promovam uma economia diversa e sustentável.

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