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O que o mundo entendeu errado sobre as tarifas

Apesar das expectativas de estagflação, os efeitos das tarifas de Trump têm sido mitigados por forças como o investimento em inteligência artificial e estímulos fiscais. Economistas ainda se perguntam até quando essa dinâmica pode sustentar o crescimento e conter a inflação.

Impacto das tarifas de Trump é surpreendente

No início de 2023, esperava-se que as tarifas de Donald Trump causassem estagflação e fortalecessem o dólar.

No entanto, a realidade tem sido diferente. Mesmo com a tarifa efetiva dos EUA subindo de 2,5% para 15%, a consequência foi uma receita tarifária anual acima de US$ 300 bilhões, sem os problemas previstos.

O dólar sofreu sua pior queda no primeiro semestre desde a década de 1970, pois estava historicamente sobrevalorizado. Estrangeiros investem mais fora dos EUA, atraídos por reformas econômicas.

O impacto estagflacionário esperado não se materializou. Exportadores estrangeiros absorvem 20% dos custos, enquanto 80% são divididos entre empresas e consumidores americanos.

Fatores compensatórios incluem um aumento no investimento em inteligência artificial, com os gastos das grandes empresas indo de US$ 290 bilhões para US$ 350 bilhões, impulsionando o crescimento.

O otimismo da IA mantém as condições financeiras frouxas, apesar de taxas de juros mais altas. O alívio fiscal facilita que corporações absorvam custos tarifários.

Embora as tarifas aumentem preços de certos produtos, a inflação geral é contida pela queda nos aluguéis e em outros bens.

A estagflação ainda é uma possibilidade, mas forças maiores sustentam o crescimento até agora.

O erro na análise econômica é simplificar relações complexas, focando apenas em fatores isolados, como as tarifas de Trump.

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