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O que o fim do 'cepo' na Argentina mostra sobre a disputa entre China e EUA na América Latina

Presidente argentino implementa abertura parcial do "cepo" e busca apoio de EUA e China. Medidas visam restaurar confiança na economia e aumentar reservas de dólares.

Movimento ousado de Javier Milei: O presidente da Argentina anunciou, no dia 14 de outubro, a retirada parcial do cepo, as restrições à compra de dólares.

O anúncio foi feito enquanto o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, estava em Buenos Aires para reafirmar o apoio do governo Trump ao plano de Milei.

Negociação com potências: Antes da medida, Milei alinhou-se tanto aos Estados Unidos quanto à China, buscando garantir a confiança do mercado e acesso a dólares.

O cepo, que impunha sérias limitações às compras de dólares desde 2019, foi identificado como um problema que dificultava viagens e transações comerciais.

Resultados das iniciativas: Desde que assumiu, Milei implementou cortes de gastos e eliminou a emissão de pesos sem lastro. Resultado: a inflação caiu de 211% para 55% em 2024. No entanto, as reservas de dólares do Banco Central continuaram baixas.

Milei buscou, mesmo antes da eleição, o apoio de Trump e garantiu um empréstimo de US$ 20 bilhões do FMI, com US$ 12 bilhões liberados rapidamente.

Acordo com a China: Simultaneamente, renovou um acordo de swap cambial no valor de US$ 18 bilhões para aumentar as reservas de divisas.

A relação com a China, criticada por Milei durante a campanha, foi ajustada após um encontro com Xi Jinping no G20.

Liberação parcial do cepo: A medida permitiu que o peso flutuasse entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, resultando em uma desvalorização controlada do peso.

A bolsa argentina reagiu positivamente após a medida, com a cotação oficial do peso alcançando 1.200 pesos por dólar.

Acompanhamento dos EUA: Bessent elogiou as reformas de Milei e expressou preocupações sobre a influência chinesa na América Latina.

Próximos passos: A Argentina está agora focada em negociar a redução de barreiras comerciais com os EUA, enfrentando o desafio das tarifas impostas sob o governo Trump.

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