O que o Brasil ganha com viagem de Lula à França?
Lula conclui intensa agenda na França e defende ganhos da viagem em promoção de investimentos e acordos comerciais. A negociação do acordo UE-Mercosul destacou-se como um dos principais desafios enfrentados durante sua visita.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao Brasil após viagem de seis dias à França, onde se reuniu com diversas autoridades e visitou quatro cidades, incluindo Mônaco.
Lula declarou que, apesar dos questionamentos sobre os gastos em viagens internacionais, os resultados têm sido positivos, ressaltando que o Brasil deve se posicionar como uma nação grande.
Um dos principais temas da viagem foi o acordo UE-Mercosul, com tensões entre o Brasil e a França sobre a ratificação do tratado. O governo francês tem se oposto, citando preocupações de agricultores locais. Lula e o presidente Macron discutiram o assunto, mas sem avanços concretos.
Na agenda econômica, um grupo de empresários franceses anunciou a intenção de investir R$ 100 bilhões no Brasil até 2030, embora analistas observem que isso depende da estabilidade política. O comércio entre os dois países atualmente soma US$ 9,1 bilhões.
Durante sua estadia, Lula destacou a importância de ações climáticas e participou de conferências sobre meio ambiente, incluindo a UNOC3, onde propôs um Tratado do Alto Mar e defendeu financiamento para conservação dos oceanos.
Além disso, acordos de cooperação cultural e de segurança foram firmados, visando combater o crime organizado e proteger fronteiras.
Por fim, Lula fez comentários sobre os conflitos em Gaza e na Ucrânia, reafirmando a necessidade de um cessar-fogo e crítica à atuação de Israel. Especialistas notaram que suas declarações poderiam ter repercussões negativas, especialmente na Europa.