O que Lula quer do G7 e o que o G7 quer de Lula?
Lula chega ao G7 em meio a críticas e desafios internos, buscando fortalecer a imagem do Brasil no cenário internacional. O presidente pretende avançar em pautas como meio ambiente e diplomacia, enquanto o G7 busca estreitar laços com potências emergentes.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao Canadá no dia 16/06 para participar da cúpula do G7, embora questionando a legitimidade do grupo. Ele afirmou ser uma reunião dos “primos ricos” e ressaltou a importância do G20, onde o Brasil é membro.
Esta é a nona participação de Lula nas reuniões do G7, mas sua presença ocorre em meio a uma crise de popularidade, com aprovação de apenas 28%, conforme o Datafolha.
Lula enfrenta críticas por sua presença fora do país enquanto problemas internos ficam sem solução. O presidente americano Donald Trump não se encontrará com Lula, voltando aos EUA para tratar da crise entre Israel e Irã.
Analistas acreditam que Lula usará sua aparição no G7 para demonstrar que não é um líder “antiocidental” e para reforçar as relações do Brasil com o norte global.
Ele tentará avançar em temas como a agenda ambiental e a organização da COP30, prevista para ser sediada no Brasil no final do ano. Diplomaticamente, Lula abordará questões de paz internacional, clima, e a ordem internacional baseada em regras.
Segundo especialistas, a presença de países do sul global no G7 reflete a incapacidade do grupo em governar sozinho, buscando manter sua relevância e legitimidade diante das economias emergentes.
Houve a previsão de reuniões bilaterais entre Lula e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, para discutir acordos comerciais e as tensões entre Israel e Irã.
O convite do G7 ao Brasil destaca seu papel como uma das dez maiores economias do mundo e sua importância climática, segundo um diplomata brasileiro. Essa convocação também busca reforçar a legitimidade do G7 em questões internacionais.