O que incrimina Filipe incrimina copeiro do Alvorada, diz defesa
Defesa de Filipe Martins argumenta que registros de entrada no Palácio da Alvorada não comprovam reuniões para planejar golpe de Estado. STF aceita denúncia e inicia ação penal contra Martins e outros cinco acusados.
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, afirmou que os registros de entrada no Palácio da Alvorada em 2022 não comprovam que ele se reuniu para discutir um golpe de Estado.
O juiz aposentado Sebastião Coelho, membro da defesa, destacou que, a partir de 30 de outubro de 2022, o Palácio se tornou local de trabalho de Filipe. A data coincide com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
O advogado Ricardo Fernandes criticou a lógica utilizada pelo juiz Alexandre de Moraes para justificar a presença de Martins nas reuniões, argumentando que isso também poderia se aplicar a outros funcionários do Palácio.
Marcelo Almeida Sant’Anna, outro advogado da defesa, afirmou que a geolocalização de Filipe Martins é essencial, pois a defesa ainda não teve acesso a essas provas, apesar de que todos os outros já as conhecem.
JULGAMENTO DO 2º NÚCLEO: Nesta terça-feira (22.abr), a 1ª Turma do STF tornou Filipe e mais cinco acusados réus por “gerenciar” operações do grupo que tentou o golpe em 2022.
PRÓXIMOS PASSOS: Com a denúncia aceita, inicia-se a ação penal, onde o Supremo ouvirá testemunhas e conduzirá sua investigação, antes de pedir à PGR uma manifestação sobre a absolvição ou condenação.
O processo será repetido para cada grupo denunciado. Bolsonaro e mais 7 também se tornaram réus, faltando julgar 2 núcleos restantes.