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O que explica o buraco no Orçamento que pode comprometer a saúde e educação do país

Governo prevê dificuldades financeiras para o ano de 2027, com escassez de recursos essenciais para saúde e educação. Especialistas alertam que a situação pode afetar a campanha de reeleição de Lula e exigirá medidas drásticas para evitar déficits críticos.

Orçamento de 2026 apresenta cenário delicado para contas públicas em 2027. A equipe econômica atribui o problema aos precatórios e destaca a queda no espaço para investimentos.

Com R$ 2,6 trilhões previsto, o governo pode não conseguir pagar os pisos constitucionais de saúde e educação em 2027, conforme uma das 1.080 páginas do projeto enviado ao Congresso.

A tabela apresentada não traz plano para corrigir a situação, evidenciando que o problema vai além dos precatórios, como dívidas decorrentes de derrotas na Justiça.

No início de seu mandato, em 2023, Lula teve autorização do STF para quitar precatórios fora das regras fiscais. Contudo, essa situação que aliviou as metas do Executivo terminará em 2026.

Com a regra atual, o governo terá apenas R$ 53 bilhões livres em 2027, insuficientes para manter a administração pública, que requer cerca de R$ 70 bilhões para funcionamento básico.

A situação é resultado de decisões do governo e do Congresso. Os pisos de educação e saúde aumentam mais rápido que o teto de despesas, enquanto o salário mínimo eleva gastos com Previdência.

A solução deve ser um corte de gastos consistente, mas poderá ocorrer uma revisão do arcabouço fiscal, afetando dólar, juros e dívida pública.

Embora 2027 pareça distante, a falta de solução pode afetar a reeleição de Lula. O orçamento de 2027 é esperado para agosto do ano anterior, e, se não houver solução, pode ser proposto com despesas zeradas.

Essa situação pode relembrar o orçamento de 2022 de Jair Bolsonaro, que carecia de recursos vitais, algo que a equipe de Lula tenta evitar agora.

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