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O que exatamente os EUA ganharam com a guerra comercial contra a China?

Após negociações tensas, EUA e China chegam a um acordo verbal para reduzir tensões comerciais, mas resultados concretos são incertos. A trégua pode apenas restaurar o status quo anterior a tensões recentes, colocando em dúvida os avanços reais das políticas comerciais implementadas.

Após dois dias de negociações tensas, EUA e China chegaram a um acordo verbal em Londres, na quarta-feira, 11. O acordo promete remover algumas medidas nuisivas que elevaram as tensões econômicas nos últimos meses.

Ainda não está claro se a trégua será mantida, especialmente após um acordo anterior em maio que falhou. O foco é retornar ao status quo anterior, antes do aumento de tarifas realizado por Donald Trump em abril.

Principal resultado: As tarifas permanecem, mas há expectativa de que a China relaxe restrições sobre exportações de minerais críticos, enquanto os EUA diminuirão restrições às suas exportações e recuarão nas ameaças de cancelamento de vistos para estudantes chineses.

Sem avanços significativos em outras questões comerciais, os temas restantes serão discutidos no futuro. A reunião levantou dúvidas sobre os ganhos das táticas agressivas de Trump contra a China.

  • Veronique de Rugy questionou: “O que exatamente estamos ganhando?”
  • Trump afirmou que o “acordo com a China está fechado” e ressaltou a importância da relação.

As conversas em Londres foram intensas e refletiram a falta de confiança entre os governos. Howard Lutnick disse que o objetivo é “reduzir o déficit comercial e aumentar o comércio”. Por outro lado, Liu Pengyu da China declarou que “não há vencedores em guerras comerciais”.

A situação atual: A necessidade dos EUA de minerais raros da China e as consequências das restrições comerciais levantaram preocupações sobre o impacto das medidas, com alguns analistas sugerindo que elles podem ter sido contraproducentes.

  • Philip Luck destacou que restrições aos EUA prejudicaram mais suas empresas do que as chinesas.
  • Ilaria Mazzocco comentou que a China demonstrou resiliência maior do que o esperado.

Consequências para o futuro: Wendy Cutler alertou que os EUA pagaram um alto preço por recuperar acesso a minerais críticos e abriram precedentes difíceis de fechar.

O acordo em Londres pode representar um ponto de inflexão nas relações econômicas entre EUA e China.

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