O que está por trás dos interesses de Macron em Lula e no Brasil
Lula se encontra com Macron em Paris em busca de fortalecer laços bilaterais e impulsionar a agenda internacional, incluindo apoio ao acordo União Europeia-Mercosul. A visita marca um passo significativo na diplomacia entre Brasil e França, abordando temas como meio ambiente, segurança e cooperação em vacinas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciará sua primeira visita de Estado à França nesta quinta-feira (5/6), onde será recebido pelo líder francês Emmanuel Macron.
A visita ocorre após a passagem de Macron pelo Brasil em março de 2022, onde ambos líderes assinaram acordos nas áreas de meio ambiente, educação e transição energética.
Durante a visita, espera-se que o clima de amizade entre os dois seja novamente ressaltado. Para especialistas, essa relação é vista tanto como uma aposta de projeção internacional quanto uma estratégia para enfrentar crises internas.
O Brasil busca o apoio francês para a aprovação do Acordo União Europeia-Mercosul e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, enquanto Paris procura fortalecer sua influência abordando o Sul Global.
Desafios comuns:
- Ambos enfrentam *oposição seca* em seus cenários políticos internos.
- Em relação a popularidade, Lula possui 56% de desaprovação; Macron tem apenas 26% de apoio.
Ironia na diplomacia: Apesar das divergências nas visões sobre o conflito da Rússia e Ucrânia, ambos compartilham visões em temas como direitos humanos e mudanças climáticas.
Na cerimônia oficial em Paris, os líderes devem assinar 20 atos bilaterais, incluindo acordos em vacinas, segurança e ciência. Além disso, uma nova declaração sobre mudança climática será esperada antes da COP30, que o Brasil sediará em novembro.
Lula também buscará apoio para a reforma do Conselho de Segurança da ONU, posicionando o Brasil para uma vaga permanente.
Após a visita, Lula seguirá para Nice para participar da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC3).