O que está por trás do investimento pesado da China em baterias de sódio

Novas scooters elétricas estão chamando atenção em Hangzhou, China, com baterias de sódio ao invés das tradicionais de íon de lítio. Preço varia de US$ 400 a US$ 660.

O evento promocional da fabricante Yadea, realizado em janeiro de 2025, destacou a recarga rápida, onde os veículos vão de 0% a 80% em apenas 15 minutos. Além disso, há estações de troca de baterias por QR code.

A Yadea procura criar uma vantagem competitiva em um setor que avança rapidamente com as baterias de sódio. Os fabricantes chineses estão liderando, tendo lançado carros e scooters movidos a sódio.

A maior fabricante de baterias do mundo, CATL, planeja produzir em massa as baterias de sódio para veículos pesados ainda este ano. Além disso, a China investe em estações de armazenamento de energia usando essa tecnologia.

A demanda por baterias de sódio cresce, especialmente em veículos de duas rodas, com a Yadea já lançando três modelos no mercado. Com a popularidade das scooters na China, onde aproximadamente 55 milhões foram vendidas em 2023, a empresa busca levar a tecnologia para milhões de motoristas.

No entanto, as baterias de sódio enfrentam desafios como a baixa densidade de energia comparada às de íon de lítio e a necessidade de baratear a produção. A segurança também é um fator, com as de sódio consideradas menos propensas a incêndios.

A Yadea planeja expor mais de 1.000 torres de recarga em Hangzhou e está expandindo no Sudeste Asiático, América Latina e África. A meta é tornar as baterias de sódio uma opção viável e acessível para o transporte sustentável.

A China, já líder em armazenamento de energia, espera que sua capacidade de produção de baterias de sódio alcance 500 GWh até 2033, dominando o mercado global.

O objetivo de Yadea é claro: disponibilizar a tecnologia de sódio para centenas de milhões de pessoas, transformando o transporte sustentável.