O que está por trás da surpreendente aproximação entre EUA e Venezuela
Troca de prisioneiros entre Estados Unidos e Venezuela marca uma nova fase nas relações entre os dois países. Acordo inclui libertação de detentos de ambos os lados, sinalizando uma diplomacia pragmática apesar das tensões históricas.
Troca de prisioneiros entre Estados Unidos e Venezuela surpreendeu a muitos. Neste 18 de julho, 10 americanos foram libertados na Venezuela, enquanto 252 migrantes venezuelanos deportados pelos EUA foram repatriados.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, mencionou a libertação de "presos políticos" venezuelanos, mas não especificou quantos. Essa troca demonstra um entendimento pragmático entre os governos de Donald Trump e Nicolás Maduro, apesar das diferenças ideológicas.
A troca teve seu início em janeiro, quando Richard Grenell, enviado de Trump, se encontrou com Maduro e garantiu a libertação de prisioneiros americanos. O acordo visava também a repatriação de venezuelanos deportados, mas foi interrompido devido a desentendimentos internos nos EUA.
A divergência se deu, em parte, porque Grenell negociava termos que favoreceriam Caracas, como a operação da Chevron na Venezuela. Embora o governo americano mantenha uma linha dura sobre sanções, analistas acreditam que uma currente menos rígida está prevalecendo.
A ideia de troca surgiu em abril, através de um comunicado do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, que queria enviar deportados para a Venezuela em troca de "presos políticos". Bukele destacou que muitos deportados enfrentam acusações sérias.
Alegações de terrorismo contra os deportados foram feitas, mas agora há dúvidas sobre sua veracidade, visto que os EUA concordaram com o retorno deles.