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O que é o controverso 'tratamento de princesa' e por que a geração Z é obcecada por ele?

A tendência do "tratamento de princesa" está redefinindo as expectativas nos relacionamentos, misturando romantização do cortejo tradicional com debates sobre papéis de gênero. Influenciadoras e séries de época alimentam o fascínio pela vida de princesa, desafiando normas contemporâneas e levantando questões sobre empoderamento e regressão social.

O fenômeno do "tratamento de princesa" está conquistando a geração Z nas redes sociais, inspirado por séries de época como Bridgerton e A Idade Dourada.

Essa nova tendência aborda gestos românticos como café na cama, flores toda sexta-feira e manicure paga pelo parceiro.

Enquanto é contrastado com o "mínimo necessário" em relacionamentos, essa prática gera debates sobre sua saudabilidade. A influenciadora Courtney Palmer é destaque, com seu TikTok gerando 7,6 milhões de visualizações.

Críticas afirmam que o tratamento se assemelha a comportamentos submissos, com a jornalista Emma Beddington o chamando de “emético”.

Myka Meier defende que a tendência é mais sobre atenção emocional do que materialismo, refletindo um desejo de romance à moda antiga.

Com o relançamento de dramas de época e realeza como Downton Abbey e o interesse por figuras reais como princesas, a fantasia continua a crescer.

A professora Arianne Chernock observa que o fascínio da realeza nos EUA provém da combinação entre o privado e o público.

O conceito de "tratamento de princesa" pode reforçar papéis tradicionais de gênero, enquanto outros como Meier argumentam que atos de cavalheirismo podem expressar cuidado e respeito.

A discussão externa a esse fenômeno reflete uma luta mais ampla sobre o papel da mulher na sociedade, onde o tratamento de princesa pode tanto ser visto como empoderador quanto uma regressão.

O debate continua, levantando questões sobre feminilidade, poder e as expectativas nas relações modernas.

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