O que acontece após o impeachment do presidente da Coreia do Sul
Coreia do Sul se prepara para eleições presidenciais em meio a crise política após impeachment de Yoon Suk-yeol. O primeiro-ministro assume interinamente enquanto o ex-presidente enfrenta julgamento por incitação à insurreição.
Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu nesta 6ª feira (4.abr.2025) manter o afastamento de Yoon Suk-yeol do cargo de presidente.
O impeachment de Yoon, do Partido do Poder Popular (direita), foi aprovado em 14 de dezembro após tentar impor lei marcial.
O veredito já está em vigor e o país deve realizar uma eleição presidencial em até 60 dias, conforme a Constituição.
A Coreia do Sul entra em um período de transição política delicada. O primeiro-ministro Han Duck-soo assume interinamente até a posse de um novo chefe de Estado.
Lee Jae-myung, líder do partido de oposição Democrático (esquerda), lidera as pesquisas, mas enfrenta processos legais que podem barrar sua candidatura.
Além disso, o Judiciário agendou o julgamento de Yoon para 14 de abril por incitação à insurreição, acusação que ele nega.
A crise gerou forte polarização política e manifestações nas ruas, apontando para instabilidade na formação do próximo governo.
Quem é Yoon Suk-yeol:
- Nascido em Seul, tem 64 anos e é mestre em direito pela Universidade Nacional de Seul.
- Ganhou destaque por processar a ex-presidente Park Geun-hye por corrupção.
- Foi procurador-geral até 2021 e eleito presidente em 2022.
- Prometeu governar com transparência e adotou uma política dura em relação à Coreia do Norte.
Em 3 de dezembro de 2024, Yoon declarou lei marcial para conter movimentos "pró-Coreia do Norte", suspendendo direitos civis.
Ele responde por inssureição e, se culpado, pode enfrentar pena de morte ou prisão perpétua.