O que a Suzano viu na Kimberly-Clark? XP explica aposta bilionária no exterior
XP Investimentos considera a aquisição da joint venture da Kimberly-Clark pela Suzano um passo estratégico positivo e alinhado à diversificação da empresa. A operação deve gerar fluxo de caixa livre significativo e melhorar a posição competitiva da Suzano no mercado.
XP Investimentos considera positiva a aquisição de 51% dos ativos de uma nova joint venture de “tissue” da Kimberly-Clark pela Suzano (SUZB3), no valor de US$ 3,4 bilhões.
O relatório aponta que a operação reduz incertezas sobre novas fusões e aquisições a curto prazo, e a Suzano não deve realizar novas compras nos próximos dois a três anos.
A aquisição está alinhada à estratégia de diversificação da Suzano, e o efeito sobre a alavancagem é neutro, com uma leve alta de 3,0x para 3,2x. A conclusão da operação está prevista para meados de 2026.
O fluxo de caixa do projeto Cerrado e o free cash flow gerado devem resultar em uma redução da alavancagem no futuro. A expectativa é de geração de cerca de US$ 300 milhões em fluxo de caixa livre e uma taxa interna de retorno (TIR) de aproximadamente 15,5%.
O mercado reagiu positivamente, com as ações da Suzano subindo 1,59% para R$ 53,72. A joint venture inclui marcas como Kleenex e a Suzano pode comprar os 49% restantes a partir do terceiro ano.
O Bradesco BBI e a Ativa Investimentos também consideraram o acordo alinhado às estratégias de valor agregado e maior controle de margem. O Itaú BBA manteve a recomendação de compra, aguardando mais informações sobre as sinergias.
A operação representa um novo posicionamento da Suzano, focado na expansão em produtos de uso final e na criação de valor. A XP mantém a recomendação de compra, prevendo valorização.