O que a Rússia e a Ucrânia querem para encerrar a guerra?
Reunião em Istambul busca avançar nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Enquanto Putin impõe exigências rigorosas, Zelensky reafirma a soberania ucraniana e busca apoio militar ocidental.
Reunião em Istambul: Autoridades russas e ucranianas se encontram pela terceira vez desde o início da guerra, nesta quarta-feira (23), em busca de um acordo de paz. As duas reuniões anteriores em 2023 não tiveram sucesso nas negociações.
Perspectivas divergentes: Ambos os países querem encerrar o conflito, mas têm visões diferentes sobre como proceder. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou interesse em se reunir pessoalmente com Vladimir Putin, proposta que foi rejeitada pelo Kremlin.
Pressão dos EUA: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incentivou as reuniões e exigiu que a Rússia concorde com um acordo até setembro, sob risco de novas sanções econômicas.
Exigências de Putin: O presidente russo afirmou que a guerra só pode acabar se a Ucrânia aceitar limitações militares e reconhecer a anexação de quatro regiões: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, além da Crimeia.
Posição da Ucrânia: Zelensky destaca que a Ucrânia não aceitará limitações à sua soberania e demanda apoio militar ocidental. Também quer discutir o retorno de crianças ucranianas levadas para a Rússia, consideradas vítimas de crime contra a humanidade.
Reuniões anteriores: Em maio, ocorreu a troca de mil soldados prisioneiros. Em junho, teve inicio a troca de corpos; a Rússia afirma ter devolvido mais de 7 mil corpos à Ucrânia até agora.
Condições de paz: Ambos os países apresentaram listas de condições para um acordo, com alguns itens sendo considerados inegociáveis. A comunidade internacional vê isso como um progresso diplomático.