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O que a Embraer ganha com o bloqueio da China à americana Boeing; especialistas explicam

A alta das ações da Embraer é impulsionada pela suspensão das compras da Boeing pela China, mas analistas alertam para limitações no curto prazo. Apesar do potencial crescimento no mercado chinês, as perspectivas de ganho são cautelosas e incertas.

Ações da Embraer sobem após bloqueio da China à Boeing

Na terça-feira, 15, as ações da Embraer subiram mais de 4% e fecharam com alta de 3%. O impulso veio da decisão da China de suspender compras de aviões da Boeing, incluindo equipamentos e peças de fabricantes americanas.

A Embraer, procurada, não se manifestou sobre o assunto. Analistas acreditam que a empresa pode ganhar mercado na China, mas com um avanço **limitado** no curto prazo.

Fábio Falkenburger, advogado da área de aviação, comenta: "A curto prazo, não vejo muita alteração para a Embraer, mas a longo prazo pode beneficiar bastante a empresa".

As três maiores companhias aéreas chinesas planejam receber um total de 179 aeronaves entre 2025 e 2027.

A linha de jatos E2 da Embraer, que atende à aviação regional, pode ser favorecida. Em 2014, um contrato com a China garantiu a entrega de 10 aeronaves.

Por outro lado, a Airbus compete com o A220, que ainda não tem certificação na China, e a chinesa Comac está desenvolvendo o C919.

Os impactos das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros estão sendo avaliados. No entanto, a Embraer pode se beneficiar em relação à Bombardier e outras concorrentes chinesas.

O banco UBS BB indicou que o impacto da decisão chinesa deve ser neutro para a Embraer, que não compete diretamente com a Boeing em sua categoria. As fabricantes Airbus e Comac devem ser as mais beneficiadas.

Entre 2003 e 2016, a Embraer operou uma joint venture na China, mas dificuldades em avançar nesse mercado têm sido evidentes.

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