O que a cera do ouvido pode revelar sobre sua saúde
Pesquisadores estão descobrindo que a cera do ouvido, conhecida como cerúmen, pode fornecer dicas valiosas sobre condições de saúde, incluindo câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas. Estudos preliminares indicam que essa substância pode se tornar uma ferramenta eficaz e acessível para diagnósticos médicos.
Cera do ouvido, conhecida como cerúmen, está ganhando atenção científica por suas possíveis relações com doenças como câncer e diabetes.
A cera é formada por secreções das glândulas ceruminosas e sebáceas, misturadas a células mortas e detritos. Sua função principal é manter o canal auditivo limpo e lubrificado, além de agir como uma barreira contra patógenos.
Pesquisas recentes revelam que a cera do ouvido pode conter informações genéticas significativas. A cera varia entre grupos étnicos: pessoas de ascendência europeia e africana possuem cera úmida, enquanto 95% dos asiáticos têm cera seca.
Estudos indicam que a presença de cera úmida pode estar relacionada a um maior risco de câncer de mama, mas resultados conflitantes ainda são vivenciados na pesquisa. Além disso, doenças como a leucinose e covid-19 podem ser diagnosticadas pela análise da cera do ouvido.
Pesquisadores estão explorando um cerumenograma, um instrumento de diagnóstico que identifica alterações metabólicas na cera do ouvido. Essa técnica já permitiu prever com 100% de precisão a presença de câncer em algumas amostras.
A doença de Ménière também está sendo investigada; evidências sugerem que a cera de pacientes com esse problema apresenta diferenças significativas em composição química.
O professor Antoniosi Filho acredita que um diagnóstico rotineiro através da cera do ouvido pode revolucionar o diagnóstico precoce de patologias como diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas.
A pesquisa neste campo busca entender como a cera do ouvido pode refletir a saúde metabólica de uma pessoa, com potencial para se tornar uma ferramenta valiosa de diagnóstico no futuro.