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O próximo papa será africano?

Conclave no Vaticano pode trazer novo papa africano, refletindo o crescimento da Igreja Católica no continente. Especialistas discutem se a origem dos candidatos influenciará a escolha dos cardeais eleitores.

Após o luto pela morte do papa Francisco em 21 de abril, cardeais se reunirão no Vaticano para o conclave que escolherá seu sucessor.

Se o critério for o crescimento da Igreja Católica, o próximo papa pode ser africano, já que a África representa mais da metade do aumento global de católicos, com 20% da população católica mundial vivendo no continente em 2022.

Enquanto isso, a Europa vê sua população católica diminuir. Entre 1910 e 2010, caiu mais de 63%. A América Latina mantém influência, mas enfrenta a crescente concorrência de evangélicos, com uma queda de católicos de 70% em 2010 para 57% em 2020.

O padre nigeriano Stan Chu Ilo acredita que o novo papa deve refletir a composição global da Igreja, mas ressalta que não há atualmente um clérigo sênior africano com destaque no Vaticano.

Outra perspectiva é apresentada pelo padre Paulinus Ikechukwu Odozor, que defende que a origem do papa não deve ser a principal consideração, focando mais na teologia e no papel unificador do líder da Igreja.

Ambos os padres concordam que, apesar do aumento no número de cardeais africanos, o continente não detém poder real na Igreja e enfrenta questões como racismo.

Em 2022, Francisco selecionou quase dois terços dos cardeais que participarão do próximo conclave, sugerindo a continuidade da ênfase em ajudar os pobres e desfavorecidos.

No fim, tanto Ilo quanto Odozor expressam a expectativa de que o novo papa siga a visão de Francisco, mas a possibilidade de uma surpresa na escolha sempre existe, como foi a eleição do papa Francisco em 2013.

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