'O pior cenário de fome está em curso na Faixa de Gaza': relatório alerta para mortes em massa
A população da Faixa de Gaza enfrenta uma crise alimentar sem precedentes, com 93% dos habitantes em situação crítica. A urgência de ajuda internacional é destacada por relatos alarmantes de mortes relacionadas à fome, especialmente entre crianças.
A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu níveis alarmantes, conforme destaca o relatório IPC (Classificação Integrada da Segurança Alimentar) publicado recentemente.
A situação de fome na região foi intensificada por:
- Combates incessantes;
- Deslocamentos em massa;
- Restrições à ajuda humanitária.
O documento, elaborado por ONGs e agências da ONU, afirma que o lançamento aéreo de mantimentos não será suficiente para mitigar a catástrofe. O uso de paraquedas torna a ajuda mais cara, menos eficaz e perigosa.
Em maio, 1,95 milhão de habitantes (93% da população) da Faixa de Gaza foram classificados em estado de “crise”. Destes:
- 925 mil em “emergência”;
- 244 mil em “catástrofe”.
O relatório também indica que uma em cada três pessoas está sem comida por vários dias e mais de 20 mil crianças foram atendidas por desnutrição aguda.
Desde julho, ao menos 16 crianças menores de cinco anos morreram de fome.
“Ação imediata é necessária para acabar com as hostilidades e garantir acesso humanitário sem restrições”, alertam os especialistas.
O exército israelense anunciou uma pausa limitada nas operações militares, permitindo a distribuição de ajuda humanitária, mas as operações continuam fora desse horário.
A guerra começou após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, resultando em 1.219 mortes em Israel. A retaliação israelense já causou mais de 59.921 mortes na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo dados confiáveis da ONU.