O papa Leão XIV pode intermediar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia? Trump acredita que sim
Papa Leão XIV é considerado para mediar negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, após sua recente ascensão ao papado. A possibilidade do Vaticano como intermediário enfrenta desafios logísticos e políticos, mas pode representar um passo significativo em sua missão de pacificação.
CIDADE DO VATICANO — O primeiro papa americano, Leão XIV, está sendo cogitado como pacificador entre a Ucrânia e Rússia, duas semanas após sua ascensão ao Trono de São Pedro.
A proposta do Vaticano como mediador é vista como um teste inicial para o novo papa, que tem uma postura mais pró-Ucrânia que seu antecessor. Leão XIV expressou disposição em ajudar: “A Santa Sé está disponível para que os inimigos possam se reunir”.
O presidente Donald Trump e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, mostraram apoio à ideia de sediar negociações no Vaticano. Meloni destacou a disponibilidade do papa em sua missão pela paz.
Entretanto, a mediação enfrenta desafios significativos, já que um acordo de paz até agora é ilusório, com a Rússia procrastinando as negociações. O ministro das relações exteriores russo, Sergei Lavrov, rejeitou um cessar-fogo, alegando que isso facilitaria armamentos à Ucrânia.
Questões logísticas complicam a realização da conferência no Vaticano, incluindo sanções e proibições que afetam a presença de autoridades russas. No entanto, há um entendimento de que a segurança deve ser garantida às missões diplomáticas.
O Vaticano já se envolveu como mediador em outros conflitos, como na Colômbia, e agora está sendo considerado novamente. O embaixador da Ucrânia na Santa Sé, Andrii Yurash, mencionou que Leão XIV está disposto a fazer tudo que puder para ajudar a interromper o conflito.
A Ucrânia busca continuamente a intervenção do Vaticano após a invasão russa em 2022, com esforços em curso para repatriar crianças sequestradas. Embora haja frustrações com a postura do papa Francisco, a intervenção do Vaticano foi agradecida, pois ajudou na libertação de prisioneiros e na repatriação de crianças.
A situação continua a evoluir, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, permaneceu vago sobre o local das futuras negociações, reconhecendo, porém, a iniciativa do papa.