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O país que mais emite carbono está limpando sua imagem?

A China apresenta uma queda inicial nas emissões de carbono, conforme relatório, mas a confirmação dos dados ainda é incerta. Especialistas destacam que a transição para fontes de energia limpa pode sinalizar um novo caminho para o país, embora desafios permanentes persistam.

China reduz emissões de carbono em 2024, segundo relatório de Lauri Myllyvirta, do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo. No primeiro trimestre de 2025, as emissões caíram 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Especialistas da BBC ainda não confirmaram os números, mas indicam que a China pode estar perto de
encerrar décadas de aumento nas emissões.

Historicamente, as emissões chinesas já caíram em crises, como a pandemia de covid-19. Se confirmadas, estas seriam as primeiras quedas durante um crescimento da demanda de energia.

Cinquenta anos atrás, a China representava menos de 7% das emissões globais; atualmente, cerca de 30%. Em 2019, suas emissões ultrapassaram as de todas as nações desenvolvidas.

Nos últimos anos, a China construiu mais da metade das usinas solares e eólicas do mundo. Myllyvirta aponta que as fontes renováveis geraram mais de um quarto da eletricidade da China em abril de 2025, enquanto a eletricidade fóssil caiu 3,6%.

Desafios futuros incluem garantir estabilidade nas emissões. Li Shuo, do ASPI, ressalta que a instabilidade no mercado global de petróleo pode comprometer a transição climática, e que a segurança energética pode ser um desafio.

O diretor Christoph Nedopil Wang acredita que a China se diversificará em setores de baixas emissões, como TI e tecnologias de energia limpa, evitando retornar a indústrias poluentes.

Apesar dos avanços, a China enfrenta desafios para cumprir o Acordo de Paris, compromissos que exigem uma redução de 65% na intensidade de carbono até 2030. A cúpula climática COP30 em novembro será crucial para definir novos objetivos.

A opinião pública e a imagem internacional da China influenciarão suas metas climáticas futuras, com o presidente Xi Jinping enfatizando a necessidade de resultados tangíveis.

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