O país onde a esquerda (e não a direita) endureceu as leis de imigração
Dinamarca se destaca na Europa por suas políticas de imigração restritivas, sob a liderança de um governo de centro-esquerda. Enquanto isso, a Espanha adota uma abordagem oposta, buscando legalizar imigrantes para manter seu crescimento econômico.
Dinamarca toma rumo restritivo em imigração
A Dinamarca é agora considerada pioneira em políticas de migração restritivas na Europa, segundo Marie Sandberg, do Centro de Estudos Avançados da Migração. Políticos de centro-esquerda têm liderado esse movimento, ao contrário do que ocorre em outros países, como a Espanha, que busca aumentar a imigração.
A prioridade da população europeia tem se voltado para a imigração, especialmente após a crise de 2015, quando mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa. Na Dinamarca, slogans nacionalistas como "Dinamarqueses em primeiro lugar" ganharam força, refletindo o crescente temor em relação à imigração.
Desde então, o país tem aprovada uma série de emendas que endurecem suas normas de imigração. Exemplo disso foi a proposta de processar solicitantes de asilo em países parceiros, como Ruanda, e medidas que buscam criar um ambiente hostil para os migrantes.
Além disso, o governo dinamarquês enfrenta críticas por sua legislação, que pode prejudicar a imagem do país em relação às normas internacionais de direitos humanos. A primeira-ministra Mette Frederiksen defende que as rigorosas normas de imigração são necessárias para proteger o sistema social dinamarquês.
Contrapõe-se a isso o plano da Espanha, que busca regularizar imigrantes que já trabalham no país para impulsionar a economia. O primeiro-ministro Pedro Sánchez aposta que isso ajudará a atender ao envelhecimento da população e à demanda por trabalhadores.
Os debates sobre imigração na Europa indicam uma tendência em que partidos de direita e esquerda adotam posições similares, suavizando as divisões políticas tradicionais. A pergunta que paira é: existe um modelo ideal de imigração?