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O país latino-americano que disse 'não' a Elon Musk: vista com desconfiança pelo governo, Starlink é proibida na Bolívia

A recusa da Bolívia em permitir a operação da Starlink levanta questões sobre a soberania e a qualidade da internet no país. Apesar da crescente pressão por melhorias na conectividade, o governo boliviano opta por proteger seu serviço de satélite nacional, mesmo diante das deficiências desta tecnologia.

Internet na Bolívia enfrenta desafios significativos. Em áreas fora das grandes cidades, a conexão é lenta e frequentemente ineficiente.

A Starlink, de Elon Musk, ofereceu internet rápida via satélite, mas a Bolívia rejeitou o serviço. O governo boliviano não concedeu licença para a operação da Starlink, optando por continuar dependente de seu satélite chinês envelhecido.

Essa decisão gerou intriga e descontentamento entre a população, pois apenas metade dos lares tem internet banda larga, e muitos acessam a rede pelo celular com sinal irregular.

Embora a Starlink tenha sucesso em outros países da América do Sul, como o Brasil, onde já possui 250.000 assinantes, a Bolívia evita sua presença por preocupações de dominação e perda de soberania. Autoridades temem que a empresa exerça controle excessivo sobre a infraestrutura local.

O satélite chinês apresenta limitações, como sinal lento e instável, e se aproxima do fim de sua vida útil até 2028. Discussões preliminares com a empresa chinesa SpaceSail já estão em andamento para uma possível parceria futura.

A pressão por conexão internet está aumentando. Recentemente, parlamentares bolivianos reconsideram a possibilidade da operação da Starlink no país, enquanto a empresa aponta 2025 como ano para oferta de serviços na Bolívia.

Por ora, a falta de conexão afeta severamente a educação e a vida cotidiana. Professores como Adrián Valencia e Patricia Llanos compartilham suas dificuldades e destacam a vital importância da internet: "Não ter acesso à internet é como não saber ler."

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