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O novo consignado, a expansão e os dilemas

Novo crédito consignado privado utilizando o FGTS promete reduzir custos para trabalhadores, mas gera preocupações sobre suas repercussões na economia. O sucesso da estratégia depende de um equilíbrio entre oferecer alívio financeiro e manter a estabilidade macroeconômica.

Implementação do novo crédito consignado privado com uso do FGTS como garantia gera expectativas e preocupações econômicas.

O programa permite que trabalhadores do setor privado contratem empréstimos consignados com desconto em folha, usando até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia.

Com a nova modelagem, espera-se que as taxas de juros, que atualmente são de 2,89%% ao mês para crédito consignado, caiam ainda mais, facilitando o acesso ao crédito.

O FGTS, criado em 1966, é uma poupança compulsória que suporta investimentos em áreas essenciais. Sua função coletiva é vital para políticas públicas sustentáveis.

Críticas questionam a utilização do FGTS para empréstimos em vez de liberar os recursos diretamente aos trabalhadores, desconsiderando sua importância como poupança forçada.

Desde o início do programa, foram firmados 532.743 contratos, totalizando R$ 3,3 bilhões em crédito liberado. O governo estima que os contratos podem superar R$ 100 bilhões em três meses.

Entretanto, a expansão ocorre em um contexto de taxa Selic elevada, que busca controlar a inflação. A liberação de crédito pode tensionar essa estratégia.

Riscos incluem a interpretação da medida como flexibilização fiscal, o que pode afetar a confiança do mercado e a estabilidade de preços.

O novo modelo de crédito apresenta um dilema: alívio social versus risco macroeconômico. O desafio será garantir que soluções imediatas não criem problemas futuros.

Como Frédéric Bastiat disse, é essencial considerar tanto o que se vê quanto o que não se vê nas políticas econômicas.

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