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O “New York Times” e o dedo que aponta para o espelho

New York Times admite cinco anos depois que a origem do SarsCov pode ser laboratorial, enquanto críticos destacam a omissão de informações cruciais pela imprensa. Especialistas alertam para novos riscos pandêmicos devido a experimentos semelhantes em andamento em Wuhan.

New York Times admite que foi enganado sobre a origem do SarsCov, reconhecendo que o vírus pode ter sido criado em laboratório. Essa informação, segundo a coluna, já era conhecida por especialistas e abordada desde 2020.

Apesar da gravidade da declaração, veículos brasileiros como Folha, Estadão, G1 e O Globo não deram destaque à confissão. O jornal é considerado uma referência e sua participação na confusão foi minimizada.

A professora Zeynep Tufekci, que escreveu sobre suas experiências com a pandemia, revela que muitos especialistas deliberadamente subestimaram a possibilidade de um vazamento laboratorial e mencionou a pressão sofrida por aqueles que discordavam do consenso predominante.

Ela discute também o papel da ONG EcoHealth Alliance e seu diretor, Peter Daszak, que foram defendidos por numerosos cientistas enquanto promoviam teorias sobre a origem natural do vírus. A TV Globo também entrevistou Daszak, mas não questionou suas alegações sobre manipulação genética.

O artigo do New York Times gerou reações entre especialistas, como Alina Chan, que criticou as teorias de origem natural do vírus, citando uma pesquisa anterior que foi manipulada para sustentar essa posição.

Zeynep aponta que alguns cientistas esconderam informações cruciais para manter a aparência de consenso e sugere que uma nova pandemia pode estar a caminho devido a pesquisas laboratoriais similares. Ela critica a prática de ganho-de-função, onde vírus são manipulados, apresentando analogias à insegurança em tais experimentos.

A narrativa de engano é reforçada com a revelação de que um importante estudo sobre a origem do vírus foi influenciado por promessas de financiamento, evidenciando a manipulação da ciência em prol de interesses pessoais.

A carta da Lancet desqualificando a hipótese laboratorial não foi escrita de forma independente, mas organizada por Daszak, mostrando a desonestidade na divulgação científica.

Zeynep admite que foi enganada, mas também é responsabilizada por não questionar o consenso artificial. A crítica se estende ao papel da imprensa que falhou em investigar profundamente, com um destaque para a conivência em lugar da coragem.

Como conclusão, o texto alerta para um futuro no qual novas "descobertas" podem ser feitas, mas a verdade real poderia ter sido conhecida antes.

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