O ‘mais bolsonarista’ dos chefes militares virou a maior pedra no sapato dos acusados do golpe

Uso das redes sociais pelos militares: Em 12 de julho de 2019, o Estado-Maior do Exército instituiu normas sobre o uso de redes sociais, após o aumento de manifestações políticas por parte de militares, como o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, que se destacou por sua adesão ao governo de Jair Bolsonaro.

Publicações políticas: Baptista Junior, ativo no Twitter desde janeiro de 2019, acumulou 42 tuítes políticos em seis meses, criticando opositores e apoiando o governo. O Exército buscava conter a politização crescente nas Forças Armadas, desencadeada por tuítes de militares e o histórico apoio de Villas Bôas contra Lula.

Decisões enraizadas: Durante sua ascensão, Baptista Junior tornou-se comandante da Aeronáutica, recebendo influências políticas de seu pai e lidando com questões éticas e morais dentro do governo Bolsonaro, que enfrentava escândalos e controvérsias.

Postura contrária ao golpe: Em julho de 2022, ao observar tentativas de deslegitimação do processo eleitoral, o brigadeiro se opôs a qualquer ruptura institucional, afirmando claramente que Bolsonaro não continuaria no cargo. Ele rejeitou um plano de golpe apresentado por ministros.

Consequências: Sua postura leal aos princípios militares atraiu a ira de golpistas, sendo rotulado de "traidor" por entusiastas do governo. Baptista Junior também foi crucial para vazar informações sobre os comandantes das Forças, que se opunham às táticas golpistas.

Corrupção e ambição: Em reflexões, o brigadeiro reconheceu a degradação moral que testemunhou no governo e se manteve firme em suas convicções durante depoimentos ao STF e à PF, revelando verdades sobre a situação nas Forças.

Coragem em ação: Baptista Junior é retratado como um homem de princípios que, apesar de seu passado nas redes sociais, reafirmou suas crenças na importância do espírito militar e na proteção da Nação, destacando-se como um admirador das lições de Samuel Huntington.