O Irã tem bombas nucleares?
Irã sinaliza possível abandono do Tratado de Não Proliferação, aumentando os temores sobre sua capacidade nuclear. Relatórios indicam que o país já acumula urânio enriquecido a níveis alarmantes, superando limites estipulados em acordos anteriores.
Irã ameaça deixar Tratado de Não Proliferação
O Irã declarou nesta segunda-feira (16) que pode deixar de cumprir suas obrigações do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
Essa afirmação aumenta os temores de que o país desenvolva armas nucleares.
Até agora, o governo iraniano afirmava que sua tecnologia nuclear era para fins pacíficos, como energia e pesquisas médicas. Contudo, adversários acreditam que o Irã está próximo de criar armas atômicas.
Relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicam que o Irã pode seguir esse caminho, levando a justificativas para o recente ataque de Israel.
Em 2015, o Irã assinou um acordo com regras para seu programa nuclear, incluindo:
- Fiscalização rigorosa pela AIEA;
- Redução de estoques de urânio enriquecido;
- Limitação de enriquecimento do urânio a 3,67%.
Em 2018, os EUA saíram do acordo. Desde então, o Irã aumentou seus níveis de enriquecimento de urânio, superando limites estabelecidos.
Atualmente, o Irã possui:
- Urânio enriquecido a 4,5% desde 2019;
- 400 kg de urânio enriquecido a 60%.
Embora esse nível não seja suficiente para bombas nucleares, é preocupante para a comunidade internacional.
A política de Israel é de manter ambiguidade sobre suas armas nucleares, sem confirmar ou negar sua posse. Israel não é signatário do TNP e possui um arsenal estimado em 90 bombas nucleares.
Documentos americanos confirmam a posse de armas nucleares por Israel desde 1975. O ex-diretor da CIA, Robert Gates, e o ex-presidente Jimmy Carter confirmaram essa informação.
Recentemente, um ministro israelense foi suspendido após sugerir o uso de armas nucleares em Gaza, gerando mais dúvidas sobre a realidade do arsenal nuclear do país.