O herdeiro desta dinastia agrícola quer recuperar terras degradadas

Pedro Maeda integra a terceira geração da famosa família Maeda, um dos nomes relevantes do agronegócio brasileiro.

O patriarca, Tsunezaemon Maeda, imigrou do Japão em 1927 e contribuiu para o cultivo de café em São Paulo. Nas décadas seguintes, a família expandiu sua atuação no Mato Grosso, Goiás e Bahia, tornando-se um dos maiores produtores de algodão.

Em 2010, a estratégia mudou com o endividamento, vendendo operações de grãos e biodiesel. Atualmente, os sete ramos da família são acionistas da Saga Maeda, focada em arrendamento rural.

Pedro Maeda, como vice-presidente, está se voltando para terras degradadas, buscando potencializar áreas com baixa produtividade. Fundou a Regai há cinco anos, dedicada à agricultura regenerativa, destacando que “recuperar terras é mais caro que abrir novas”.

No Brasil, existem cerca de 80 milhões de hectares degradados, e a Regai lançará um fundo de R$ 500 milhões para adquirir 20 mil hectares de terras degradadas no Cerrado e revitalizá-las.

O projeto conta com parcerias, como a Trius Capital e a Cocamar, focando na implementação do modelo de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A Cocamar selecionará 40 famílias para a operação.

O ILPF promete aumentar a produção sustentável, revertendo áreas degradadas em ativos de alta produtividade. O fundo dará incentivos, como carência no arrendamento e investimento inicial em infraestrutura.

A proposta anterior da Regai não conseguiu captar o valor desejado, mas agora busca integrar cotas em forma de terras e investidores do setor agrícola para garantir a viabilidade do projeto.

Pedro estima que o projeto pode ter um impacto econômico de R$ 4,2 bilhões em uma década, integrando tecnologia e disciplina na gestão das terras.