O fortão da 5ª série começa a piscar
A recente pausa nas tarifas impostas por Trump revela a imprevisibilidade da sua política econômica. Enquanto isso, os mercados globais enfrentam uma montanha-russa de volatilidade em meio à guerra comercial com a China.
A política econômica do presidente dos EUA, Donald Trump, tem se mostrado instável desde seu 2º mandato, marcado por diversas mudanças de tarifas de importação.
Após iniciar com penas de sobretaxação a países vizinhos como México e Canadá, Trump adotou tarifas "recíprocas" para o mundo todo, incluindo ilhas remotas.
Esta postura agressiva busca uma posição de força nas negociações, refletindo seu caráter provocativo. Uma nova mudança ocorreu em 9 de abril de 2025, com a suspensão das tarifas para todos, exceto a China, que viu suas tarifas aumentarem drasticamente.
Os mercados financeiros reagiram intensamente: o Dow Jones subiu quase 8%, o S&P 500 9,35% e o Nasdaq 12%. No Brasil, o Ibovespa também teve alta superior a 3%.
O dólar teve um comportamento volátil, desvalorizando após a pausa nas sobretaxas; o valor caiu de R$ 6 para menos de R$ 5,85.
A guerra comercial EUA-China representa uma batalha entre Trump, provocador, e a China, que é pragmática. A possibilidade de um entendimento entre eles pode ter impactos negativos para outros países, como o Brasil.
As tensões inflacionárias já estão visíveis com remarcações de preços e a percepção dos consumidores sobre os custos crescentes da política de Trump. Isso pode aumentar a probabilidade de novos recuos de sua parte.
Além disso, a atividade econômica global foi interrompida, prejudicando investimentos, e as consequências das políticas de Trump vão levar tempo para serem reparadas.