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O Estado de São Paulo precisa proteger as mulheres

Aumento alarmante nos casos de feminicídio e tentativas de feminicídio em São Paulo evidenciam falhas nas políticas de proteção às mulheres. A necessidade urgente de ações interdisciplinares reflete a complexidade da violência de gênero no estado.

Análise do Instituto Sou da Paz revela que o Estado de São Paulo registrou 251 vítimas de feminicídio em 2024, um aumento de 18,3% em relação às 212 vítimas de 2023.

A capital teve um crescimento alarmante de 44,4% nos casos: 52 vítimas em 2024 comparadas às 36 do ano anterior.

Além disso, as tentativas de feminicídio cresceram 51,3% em 2024. Isso pode ser atribuído ao aumento do fenômeno e à melhoria dos registros de crimes.

A maioria das vítimas tinha entre 18 e 39 anos (53,8%). Quanto à raça, as mulheres brancas são maioria (54,7%), seguidas pelas negras (42,9%).

Cerca de 50% dos feminicídios foram cometidos com objetos cortantes; 18% envolveram armas de fogo, cuja incidência aumentou 34,4%.

A residência é o local de ocorrências em 70% dos casos, enquanto 20% aconteceram em vias públicas.

Esses dados evidenciam o crescimento da violência contra a mulher em São Paulo. O estado parece incapaz de responder efetivamente ao problema.

É importante ressaltar que o feminicídio é, em grande parte, um crime evitável. Muitas vítimas já haviam registrado agressões anteriores.

O governo deve ampliar as políticas de combate à violência, abrangendo todas as formas de violência contra a mulher:

  • Fortalecendo iniciativas como a Casa da Mulher Brasileira
  • Expansão das Salas Lilás para acolhimento de vítimas
  • Ampliação das Patrulhas Maria da Penha
  • Investimento em programas de independência financeira para as vítimas
  • Fomento a casas de abrigo para segurança das mulheres e filhos

Ainda que tenham havido avanços, como a Cabine Lilás e a Sala Lilás, as delegacias especializadas precisam de funcionamento contínuo.

Cortes orçamentários, como o de R$ 5 milhões para a Secretaria da Mulher, impactam severamente o combate à violência.

O governador Tarcísio de Freitas deve convocar uma reunião urgente com todos os secretários para elaborar um plano conjunto visando a redução das mortes de mulheres no Estado.

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