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O documentário que me orgulho de não ter feito

Documentar a complexa realidade de Hebron pode expor a desumanização em ambos os lados do conflito. A autora reflete sobre a importância de abordar a empatia e a dignidade humana no contexto da violência e da ocupação.

Recusa em fazer documentário em Hebron traz reflexões profundas.

A autora, que teve acesso a Hebron, uma cidade sagrada para as três religiões monoteístas, se recusou a produzir um documentário sobre a tensão entre árabes e judeus, mesmo com material abundante e acesso fácil aos personagens.

Experiência como voluntária na ONG revelou a complexidade da situação: enquanto ajudava palestinos, percebeu a desumanização promovida pela própria ONG contra israelenses.

A autora argumenta que a desumanização de um povo não se combate com a desumanização do outro, mas aumenta a degradação moral e compromete a convivência pacífica.

Contrapõe a ideia de reciprocidade nas agressões, defendendo que as reações à violência não devem ser proporcionais e critica a lógica de “olho por olho”.

Enfatiza que tanto israelenses quanto palestinos são vítimas do ciclo de violência, e que a convicção estreita dificulta o entendimento e diálogo entre os lados. Ela chamada a atenção para o fato de que defensores de um lado frequentemente ignoram a humanidade do outro.

Ao relatar suas interações com um soldado e um garoto palestino em Hebron, a autora destaca a importância da empatia e da compreensão humana em meio a tensões. A conexão entre os dois, simbolizada pelos nomes Abraão e Ibrahim, exemplifica a oportunidade de entendimento.

Seu orgulho está em não ter feito o documentário que mostraria apenas o pior lado do conflito, o que poderia perpetuar a desumanização. Ela propôs contar a história de mulheres judias israelenses que se rebelam contra a ocupação para ajudar as mulheres palestinas a ver o mar, promovendo um ato de #desobediência civil.

O documentário que não foi feito representa a reflexão sobre o papel do Estado e do povo, e a necessidade de buscar concordância para interromper o ciclo de ódio e violência entre israelenses e palestinos.

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