O desafio de promover trabalho digno na Amazônia
A presença das centrais sindicais na COP30 destaca a urgência de construir políticas que integrem desenvolvimento econômico e ambiental na Amazônia. A conferência em Belém oferece uma plataforma crucial para a promoção de um mercado de trabalho mais justo e sustentável na região.
Centrais sindicais e o movimento sindical na Amazônia Legal estão alinhados com a urgência climática e a emergência ambiental, focando nos impactos no mundo do trabalho e nas condições de vida da classe trabalhadora.
A realização da COP30 no Brasil, em novembro, é uma oportunidade para discutir desafios e propostas de ação. A conferência em Belém, Pará, destaca o simbolismo da região Amazônica e denuncia as destruições ocorridas.
A Amazônia Legal abrange 9 estados e 60% do território brasileiro, com cerca de 30 milhões de habitantes. Mais de 60% da força de trabalho está na informalidade, sem proteção social.
Com um PIB de R$ 920 bilhões, a região enfrenta desafios únicos, como a necessidade de desenvolver uma economia que mantenha a biodiversidade e promova melhores condições de vida.
Atividades a serem fortalecidas incluem:
- Extrativismo sustentável
- Agroecologia
- Pescas sustentáveis
- Turismo ecológico
- Energia renovável
A informalidade e a vulnerabilidade social resultam em rendimentos 40% abaixo da média nacional. A juventude na Amazônia enfrenta alto desalento na busca por emprego.
As desigualdades territoriais e a ausência de infraestrutura limitam o acesso ao mercado de trabalho. Atividades ilegais, como garimpo, agravam os problemas trabalhistas.
A falta de uma estratégia coordenada de políticas públicas para o trabalho na Amazônia complica o cenário, refletindo um descompasso entre as iniciativas e as realidades amazônicas.
Para superar os desafios, é necessário um esforço institucional que busque uma transição justa no trabalho, com a organização dos trabalhadores como parte essencial do processo. Os sindicatos desempenham um papel fundamental na representação e regulação das condições de trabalho.
A transição ecológica da Amazônia deve incluir também uma nova abordagem para o mundo do trabalho, visando uma economia inclusiva e sustentável. Assim, o desenvolvimento sustentável depende de uma estratégia nacional comprometida com as pessoas e a floresta.