O 'decretaço' com que Petro desafia Congresso da Colômbia e pode causar crise constitucional
Tensão aumenta entre o Executivo e o Legislativo colombiano após decreto de consulta popular assinado por Petro. Críticos apontam a medida como uma violação da Constituição e um potencial autogolpe de estado no atual contexto político polarizado.
Crise constitucional na Colômbia: O presidente Gustavo Petro assinou um decreto de consulta popular, criticado pela oposição e juristas por "enfraquecer a separação entre os poderes".
O Congresso debate reformas trabalhistas, aumentando a tensão entre os poderes. O decreto será analisado pela Corte Constitucional, que decidirá sua validade.
Este acontecimento ocorre após um atentado ao senador Miguel Uribe Turbay, internado em estado grave. Em maio, o Congresso rejeitou a proposta original de consulta, e Petro afirmou que a decisão do Senado era inválida.
Ministro do Interior, Armando Benedetti, declarou que o decreto seria revogado se a reforma fosse aprovada até 20 de junho. Apesar de apoio interno, juristas consideram a medida, um “decretaço”, um movimento perigoso.
Analistas afirmam que o decreto viola a Constituição, ao anular decisões do Senado. Argumentos de Petro para desconsiderar a votação são considerados insuficientes.
O "decretaço" pode ser uma estratégia de Petro para pressionar o Congresso antes das eleições de 2026. Contudo, especialistas alertam para uma "linha vermelha" ultrapassada, gerando um efeito institucional grave.
O senador Miguel Uribe, crítico do decreto, afirmou em vídeo que a medida é um "autogolpe de Estado". Organizações pediram que Petro se abstivesse da decisão, ressaltando que as irregularidades devem ser resolvidas pelo Judiciário.
No contexto de perda de apoio e reforma não concretizadas, analistas acreditam que Petro busca manter um ambiente político acirrado e impor sua agenda midiática.