O cisne vermelho que já bate à porta
O avanço da inteligência artificial no Brasil ameaça cerca de 12 milhões de empregos formais, especialmente em setores vulneráveis. Enquanto outras nações se mobilizam para lidar com o impacto, o país permanece um passo atrás na adoção de estratégias eficazes.
A conversa sobre IA no Brasil ainda oscila entre hypes de produtividade e temores de desemprego. Análises mostram que o impacto da IA será rápido, profundo e desigual.
Recentemente, Dario Amodei, CEO da Anthropic, alertou que a IA pode eliminar até metade dos empregos de colarinho branco nos EUA em 1 a 5 anos, elevando o desemprego a 20%. No Brasil, 12 milhões de empregos estão em risco, especialmente em setores formais.
Empresas como Meta, Microsoft e Walmart já reduzem contratações. No Brasil, bancos e startups de legaltech começam a usar ferramentas de IA, como o Claude, que reescrevem cláusulas jurídicas.
IA é um cisne vermelho: disruptiva, invisível e capaz de redefinir mercados. Enquanto muitos governos aceleram políticas para mitigar esse impacto, o Brasil patina e trata essas mudanças como problemas do futuro.
A armadilha está na falsa segurança: controlar os algoritmos significa controlar recursos e até a democracia. A verdadeira questão é: quem sobreviverá à revoada do cisne vermelho de IA? A hesitação dos líderes poderá levar a um cenário caótico.