O cientista que ajudou a converter a China em superpotência após ser deportado pelos EUA na Guerra Fria: 'É o que acontece quando se expulsa o conhecimento'

Xangai, China: Um museu abriga 70 mil artefatos dedicados ao "cientista do povo" Qian Xuesen, considerado o pai do programa espacial e de mísseis da China.

Contribuições: Qian desenvolveu foguetes que lançaram o primeiro satélite chinês e mísseis do arsenal nuclear. É herói nacional na China, mas pouco reconhecido nos EUA, onde estudou e trabalhou por mais de uma década.

Contexto atual: A história de Qian ganhou destaque em meio à política de expulsão de imigrantes do presidente Donald Trump, que anunciou a revogação de vistos de estudantes chineses em áreas críticas.

Trajetória: Nascido em 1911, Qian se destacou academicamente, gradualmente se estabelecendo como um especialista em propulsão a jato nos EUA, onde recebeu apoio militar até a virada política com a Guerra Fria e a ascensão do comunismo.

Prisão e deportação: Acusado de ser comunista, Qian perdeu sua autorização de segurança e foi deportado em 1955. Ele chegou à China como herói, mas enfrentou dificuldades para ser aceito no Partido Comunista.

Legado: Supervisionou o lançamento do primeiro satélite chinês e influenciou a nova geração de cientistas. Seu trabalho resultou em mísseis utilizados contra os EUA, evidenciando um erro geopolítico significativo na história do país.

Conclusões: A história de Qian serve de alerta sobre a expulsão de talentos. Sua trajetória ilustra como os EUA podem repetir erros ao ignorar contribuições de imigrantes, relevante em um contexto de tensão atual entre China e EUA.

Reflexão: A vida de Qian foi crucial para o desenvolvimento espacial da China, refletindo sobre como o anticomunismo afetou não só os EUA, mas também o avanço tecnológico ali.