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O buraco sem fim da ditadura cubana: sem luz, sem turistas, sem dinheiro e à espera de um milagre

Cuba enfrenta a pior crise econômica em décadas, marcada por apagões e colapso no turismo. A emigração em massa e a repressão dificultam novos protestos, mas a insatisfação social persiste.

Cuba enfrenta sua pior crise econômica desde a Revolução de 1959, com apagões diários chegando a 18 horas em média, segundo o regime.

O presidente Miguel Díaz-Canel admitiu que a economia está quase paralisada, com cortes de energia e setores fundamentais, como turismo e produção canavieira, em colapso.

O turismo caiu 30% nos três primeiros meses de 2023, e as chegadas de estrangeiros em 2022 foram 2,2 milhões, um drástico declínio em relação a 4,7 milhões em 2018.

A produção de açúcar caiu a níveis críticos, levando até Cuba a importar açúcar, afetando a indústria do rum. Mais de um milhão de cubanos deixaram o país desde 2020, a maioria jovens, o que dificulta possíveis novos protestos.

Após as manifestações de 2021, que resultaram em 700 prisões, muitos não acreditam em novas agitações. O êxodo em massa pode ter dado um respiro ao regime, mas se a crise persistir, a situação pode agravar-se.

Economistas afirmam que a crise atual é pior que o período especial nos anos 90. A falta de carisma de Díaz-Canel e a idade avançada de Raúl Castro, com 94 anos, levantam questões sobre a estabilidade do governo cubano.

Se não houver ajuda externa significativa, esta crise pode representar um desafio sem precedentes para a ditadura cubana.

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