'O apartamento de um Airbnb não tem nada a ver com nossos hotéis', diz CEO da Accor Américas
Accor planeja expandir sua rede hoteleira no Brasil, focando em marcas econômicas e premium. O CEO Thomas Dubaere destaca desafios como juros altos e infraestrutura deficiente, mas vê potencial significativo no mercado brasileiro.
Accor, a maior rede hoteleira do Brasil, planeja expandir sua presença no mercado nacional com novas marcas e investimentos. Em entrevista ao GLOBO, o CEO Thomas Dubaere discute os desafios enfrentados, como juros altos e inflação.
Dubaere destaca a importância da regulação do Airbnb e do investimento em infraestrutura e segurança para aumentar o número de turistas estrangeiros. Atualmente, o Brasil tem um mercado de turismo predominantemente doméstico, com apenas 15% de turistas internacionais.
A Accor, que opera no Brasil há 48 anos com 330 hotéis, pretende aumentar esse número, com 60% da expansão planejada concentrada no país. A estratégia inclui o lançamento de marcas econômicas, como Ibis, e investimentos em marcas premium, como Swissôtel e Mövenpick.
Diante dos desafios, a Accor prevê que 40% de suas novas aberturas no segmento premium serão conversões de hotéis existentes.
Dubaere também menciona a evolução do turismo, que agora combina lazer e negócios (“bleisure”), com eventos sendo uma grande motivação de viagem. A previsão é de aumento na demanda, superando a oferta de hotéis nos próximos anos.
Sobre a concorrência com o Airbnb, o CEO acredita que as experiências são diferentes, e reforça a necessidade de regulamentação para garantir a segurança dos hóspedes.
Ele ainda enfatiza a importância de um comitê entre setores para melhorar a infraestrutura e tornar os voos mais acessíveis, promovendo assim o crescimento do setor.