HOME FEEDBACK

O apagão logístico dos Correios

Correios enfrentam crise sem precedentes com perdas financeiras e estrutura defasada. Privatização é apontada como solução necessária, mas governo resiste a mudanças que podem salvar a estatal.

Correios enfrentam grave sucateamento, com prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre e patrimônio negativo de R$ 6,1 bilhões, o maior rombo entre as estatais federais.

Dirigentes culpam a “taxação da blusinhas” e a queda na entrega de correspondências devido a mudanças nos hábitos dos consumidores, que agora preferem e-mail e WhatsApp.

O setor, em vez de se modernizar, passa por um apagão patrimonial e logístico, perdendo competição para o setor privado. Os serviços de Sedex possuem atrasos significativos e, recentemente, a ANAC suspendeu voos da estatal por falta de segurança.

O Sindicato dos Trabalhadores denuncia o colapso operacional, citando:

  • Falta de pagamento a transportadoras e fornecedores;
  • Encomendas acumuladas por incapacidade de entrega;
  • Sobrecarregas de trabalho e atrasos em contribuições da previdência;
  • Mau gerenciamento dos convênios de saúde.

A empresa anunciou um plano para reduzir R$ 1,5 bilhão em despesas e um Plano de Demissão Voluntária com 4 mil adesões entre 85 mil empregados. Um empréstimo de R$ 3,8 bilhões foi concedido pelo banco dos BRICS.

Enquanto isso, o Mercado Livre investe R$ 34 bilhões em expansão logística só este ano, competindo com Amazon, Shopee, DHL, Loggi e FedEx.

A privatização é vista como a solução para capitalizar e modernizar os Correios. Contudo, com a postura do governo Lula contra a privatização, o sucateamento da empresa prossegue.

Leia mais em estadao