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O agro já está pronto para reconhecer que Bolsonaro não é o seu campeão?

Antipatia ao PT entre produtores rurais reflete experiências passadas de invasões e multa excessivas. Embora Lula não ignore a importância do agronegócio, o legado de Bolsonaro em defesa do setor se mostra limitado.

Sentimento antipetista entre empresários do campo é compreensível, como resultado das invasões de propriedades pelos movimentos sem-terra, apoiados pelo PT. Essa insegurança persiste na memória dos produtores rurais.

As primeiras gestões petistas são lembradas como o auge da “indústria da multa”, e muitos agricultores possuem relatos de excessos dos órgãos ambientais.

A retórica do PT costuma deslegitimar os agropecuaristas, rotulando-os como latifundiários e desmatadores. Lula, em suas falas de 2022 e 2023, usou a palavra “fascista” para se referir a integrantes do agronegócio.

Apesar das críticas, Lula e o PT reconhecem a importância do agro para a economia brasileira e sempre ofereceram estímulos ao setor.

O ex-presidente Jair Bolsonaro capitalizou o sentimento antipetista, mas não trouxe grandes melhorias ao agro. O número de invasões de terra caiu para menos de 15 no último ano do governo Temer e manteve-se neste patamar durante o mandato de Bolsonaro.

Em 2023, o crédito rural superou em 13% o montante concedido durante a gestão Bolsonaro. Apesar de promessas, as verdadeiras questões dos ruralistas não foram enfrentadas. A maioria dos produtores respeita as leis ambientais.

A ideia de que Bolsonaro é o “campeão do agro” é uma ilusão. Sua família, em campanha por sanções aos exportadores brasileiros, comprova que os interesses do campo nunca foram prioridade.

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