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‘Nunca tinha ouvido falar de Punhal Verde Amarelo ou Copa 2022’, afirma Braga Netto

General Walter Braga Netto depõe sobre a suposta conspiração golpista de 2022 e nega envolvimento em planos de assassinato e financiamento de atividades golpistas. O depoimento encerra os interrogatórios do núcleo crucial do caso, com o processo avançando para a fase de alegações finais.

Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou, em 10 de outubro de 2023, os interrogatórios sobre a suposta trama golpista de 2022 com o depoimento do ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024 e participou da sessão remotamente.

O caso investiga uma suposta conspiração para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontando Jair Bolsonaro como figura central, envolvendo militares e autoridades do governo.

No depoimento, Braga Netto negou conhecimento da operação “Punhal Verde Amarelo” e dos planos relativos à Copa do Mundo de 2022. “Eu nunca tinha ouvido falar até a denúncia”, afirmou, ressaltando a seriedade das acusações que envolvem tentativas de assassinato de autoridades.

Braga Netto confirmou uma reunião em sua casa em 12 de novembro de 2022, contestando a versão de Mauro Cid, que relatou o encontro para “discutir o golpe”. Contudo, o general não detalhou quais aspectos considerava inverídicos.

Uma acusação contra ele envolve o repasse de dinheiro em uma embalagem de vinho para financiar atividades golpistas, o que Braga Netto negou, oferecendo uma versão alternativa sobre recursos financeiros.

Cid apontou Braga Netto como elo entre Bolsonaro e os manifestantes em frente aos quartéis pós-eleição, sugerindo uma coordenação para pressionar as Forças Armadas. O depoimento do ex-ajudante de ordens indicou que o general estaria financiando protestos de forma indireta.

Apesar das acusações, Cid descreveu Braga Netto como parte da ala “moderada” das Forças Armadas, buscando uma “resposta institucional” à derrota nas urnas, sem pertencer à ala mais extremista.

Com o depoimento de Braga Netto, o STF encerra os interrogatórios dos oito réus do “núcleo crucial” da trama golpista, avançando agora para a fase de alegações finais, com prazo de cinco dias para diligências complementares.

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