Número dois do chavismo ataca jornalistas às vésperas das eleições na Venezuela
Venezuela detém três estrangeiros acusados de conspiração contra eleições; ministro critica imprensa e opositores. A segurança das eleições regionais e parlamentares é reforçada com a mobilização de mais de 412 mil militares.
Venezuela detém três estrangeiros por suposto envolvimento em conspiração, segundo o ministro do Interior, Diosdado Cabello.
Os detidos incluem um cidadão espanhol, um argentino e um búlgaro. Eles se juntam a 38 acusados, sendo 17 estrangeiros, de um plano para "sabotagem" das eleições regionais e parlamentares marcadas para domingo (25), utilizando explosivos.
Cabello também acusa a líder opositora María Corina Machado de estar envolvida. Os mercenários teriam chegado da Colômbia e, por isso, foram suspensos voos para o país.
O ministro não forneceu detalhes sobre a operação, mas afirmou que o espanhol teria laços com máfias do narcotráfico. Ele já foi liberado, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Espanha.
Cabello alertou: "Se vierem para cá conspirar, vamos pegar vocês" e criticou a imprensa, sugerindo que a arrecadação de fundos para meios digitais seria uma fachada para lavagem de dinheiro de grupos criminosos.
Ele destacou a necessidade de aplicar a lei de fiscalização das ONGs e afirmou que as eleições serão um sucesso, com mais de 412 mil militares mobilizados para proteger a votação.