Novo texto para regulamentar trabalho por aplicativo incluirá motoqueiro e entregador, diz relator
Nova regulamentação irá abranger entregadores e motociclistas, ampliando os direitos trabalhistas para mais categorias. O objetivo é criar um sistema de proteção social que mantenha a autonomia dos trabalhadores de aplicativo.
BRASÍLIA – A nova proposta de regulamentação do trabalho por aplicativos incluirá entregadores e motociclistas, ampliando o escopo original que só abrangia motoristas.
O relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), afirmou que o texto será elaborado "do zero" com base em mais de 50 projetos já apresentados no Congresso.
O objetivo é criar uma nova linha de crédito para essas categorias, conforme desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mencionou benefícios para caminhoneiros e famílias de baixa renda.
A proposta inicial do governo sugeria a criação de uma nova categoria jurídica: o trabalhador autônomo por plataforma, com direito a uma renda mínima e contribuições previdenciárias. No entanto, ela enfrentou resistência por não incluir entregadores e motociclistas.
Coutinho destacou que o projeto foi "estigmatizado" e a proposta agora busca “despolitizar” o debate, garantindo proteção social sem vínculo empregatício.
O modelo discutido deverá preservar a autonomia dos trabalhadores, que, segundo pesquisas, preferem não ter o regime da CLT e desejam autonomia com proteção social.
Embora ainda não haja definição sobre o novo modelo de contribuição previdenciária, Coutinho se mostrou favorável à possibilidade de os trabalhadores atuarem como MEI (microempreendedor individual).
O PLP 12/2024, já enviado ao Congresso, tratava exclusivamente dos motoristas de aplicativo e será revisto na nova proposta.