Novo marco legal das ferrovias quer acabar com 'ilhas regulatórias' do setor
Novo marco regulatório da ANTT visa unificar e modernizar as normas do setor ferroviário. Com cinco eixos estruturais, a proposta busca trazer mais eficiência, previsibilidade e segurança jurídica às concessões e operações ferroviárias no Brasil.
ANTT inicia consolidação do novo marco regulatório das ferrovias, abrangendo concessões atuais e futuras para iniciativa privada.
O novo conjunto de regras infralegais não requer nova lei. Baseia-se na Lei das Ferrovias de 2021 para regular futuras concessões.
Objetivo: atualizar normas sobre contratos e operações ferroviárias, que hoje estão confusas devido a regras antigas e dispersas.
Proposta: um sistema normativo estruturado em cinco eixos, com implementação progressiva até 2026.
- Primeiro eixo: padronização de contratos com regras claras sobre operações e investimentos.
- Segundo eixo: definição de direitos dos usuários, incluindo obrigações das operadoras e critérios de qualidade.
Discussões internas avançam, com metas de aprovação ainda este ano. O objetivo é promover previsibilidade, equilíbrio regulatório e segurança jurídica.
Até 2026, o cronograma inclui a gestão de bens, equilíbrio econômico-financeiro dos contratos e normas de fiscalização.
Diretor-presidente da ANTF, Davi Barreto, elogia a iniciativa, prevendo melhorias na regulação e maior flexibilidade para fomentar investimentos.
O Brasil conta hoje com 14 concessões ferroviárias em processo de renovação contratual e novos projetos em estudo.
Base da regulação:
- Atual: dispersa entre contratos.
- Futuro: norma unificada.
Concessões X autorizações: tratamento separado atualmente; futuro com regras comuns.
Equilíbrio financeiro: regras claras no futuro.
Gestão de ativos: combinação de normas e maior clareza esperada.
Fiscalização: modelo reativo hoje; futuro responsivo e gradual.
Encerramento de contratos: procedimentos a serem estruturados.
Fonte: ANTT