Nove países mantêm embargos a frango brasileiro sete meses depois de fim de vírus
Brasil enfrenta desafios para retomar exportações de frango, com restrições de nove países, incluindo a China. Apesar da recuperação do status sanitário, embargos continuam a afetar o comércio do produto nacional.
Embargos ao Frango Brasileiro:
Após recuperar o status de país livre da “doença de Newcastle”, o Brasil ainda enfrenta restrições de comércio de nove países, incluindo a China, o maior importador do frango nacional.
A “doença de Newcastle” é uma infecção viral que afeta aves. O Brasil notificou um foco da doença em julho de 2024, mas o Mapa rapidamente encerrou a situação. Em outubro de 2024, a OMSA confirmou a recuperação do status, mas as restrições permaneceram.
A China suspendeu as importações de oito frigoríficos gaúchos, incluindo BRF e JBS. O Chile e a Turquia também mantêm restrições, enquanto Taiwan não reconhece o status sanitário brasileiro e aceita apenas produtos com tratamento térmico.
Outros cinco países — Marrocos, Tadjiquistão, Ucrânia, Cuba e Polinésia Francesa — também impuseram restrições.
Em resposta aos embargos, o ministério não se manifestou. A “doença de Newcastle” foi primeiramente registrada em 1926, e não é a mesma que a gripe aviária.
O ministro da Agricultura pediu “paciência” sobre os embargos relacionados à gripe aviária, que teve novos casos notificados em Montenegro (RS) em maio de 2024. Apesar das avaliações da OMSA, os países importadores têm a decisão final sobre os embargos.
A OMSA reconheceu que o surto de gripe aviária está limitado ao município de Montenegro. O governo brasileiro negocia a regionalização dos embargos, especialmente com a União Europeia e a China.
Em 2024, a Ásia foi a maior compradora de frango brasileiro (31,8%). A China, sozinha, representou 10,5% das importações, seguida pelos Emirados Árabes Unidos e Japão.
Pais com embargo total à carne de frango representam 45% das exportações brasileiras, com 210 mil toneladas compradas no último mês.