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Nova tarifa de Trump para alumínio pode causar ruptura do setor no Brasil, diz presidente da Abal

Indústria brasileira de alumínio alerta para riscos de desvio de comércio devido ao aumento das tarifas americanas. Executiva enfatiza a necessidade de medidas rápidas para equilibrar a competição e proteger o mercado local.

Nova tarifa de alumínio dos EUA: O presidente Donald Trump elevou a tarifa sobre exportações de alumínio para os EUA de 25% para 50%, gerando preocupação entre fabricantes brasileiros.

A presidente da Abal, Janaina Donas, alerta para um possível desvio de comércio, especialmente da China, maior produtor mundial, que pode inundar o Brasil com produtos. Ela exige ação governamental para assegurar competição justa.

As alíquotas brasileiras, de 5,4% a 16%15% a 22%%. Donas destaca que a China enfrenta uma tarifa total de 98% para o mercado americano devido a várias sobretaxas.

Em 2024, o consumo brasileiro de alumínio deve chegar a 1,8 milhão de toneladas, com um aumento de 13% em relação a 2023. O Brasil já implementou medidas antidumping contra práticas desleais da China.

As empresas brasileiras enfrentam a nova tarifa de 50%, além de alíquotas adicionais para exportar aos EUA. Por outro lado, produtos importados enfrentam tarifas mais brandas no Brasil.

Donas relata que o setor brasileiro possui potencial para competividade, mas precisa de medidas urgentes para se defender do desvio de comércio e garantir isonomia tributária.

As exportações para os EUA em 2023 totalizaram 72 mil toneladas de produtos de alumínio, gerando US$ 267 milhões em divisas. Além disso, em 2024, o Brasil enviou 1,35 milhão de toneladas de alumina, isenta de tarifas.

A indústria brasileira busca um regime de cotas brandas nas exportações aos EUA, tendo em vista a complementariedade entre os dois países. Donas vê oportunidades em futuras negociações, especialmente em relação à importação de alumínio reciclado, que pode aumentar a competição.

A presidente conclui que as tarifas de Trump e o aumento do protecionismo representam um novo normal no comércio global, com impactos diretos no setor de alumínio.

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