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Nova série de taxa de desemprego do IBGE não muda dinâmica de mercado de trabalho, diz pesquisadora

Atualização da série histórica de desemprego pelo IBGE mostra que a reponderação teve pouco impacto nas taxas anteriores. A pesquisa destaca estabilidade na dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, apesar das mudanças populacionais do Censo 2022.

IBGE atualiza a taxa de desemprego nesta quinta-feira (31), com reponderação da série histórica de 2012 em diante, utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A análise da coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, indica que as diferenças entre a série antiga e a nova não superam 0,1 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo.

A atualização, segundo a pesquisadora, não alterou a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro e pouco mudará nas taxas médias anuais de desemprego, que serão publicadas na edição de 2025.

A reponderação foi necessária devido ao Censo Demográfico 2022, que forneceu informações atualizadas sobre a população. O IBGE usava projeções populacionais até 2022, e a nova série apresenta uma força de trabalho levemente menor.

Beringuy destacou que quanto mais distante do Censo anterior de 2010, maiores as possíveis diferenças nas taxas. Apesar da reponderação, as taxas máximas e mínimas de desemprego permaneceram inalteradas: 14,9% durante a pandemia e 5,8% no trimestre encerrado em junho deste ano.

Sobre as anuais médias de desemprego, a pesquisadora afirmou que “tudo indica” que serão semelhantes às anteriores, mas os dados deverão ser aguardados. A pior fase do emprego no país ocorreu durante a pandemia.

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