‘Nós já ultrapassamos a inteligência artificial geral’, diz professor de Stanford Michal Kosinski
Professor de Stanford afirma que já alcançamos a inteligência artificial geral, desafiando ceticismos do setor. Em sua palestra, ele aponta para o potencial evolutivo das máquinas e os perigos que isso pode trazer para a sociedade.
Inteligência Artificial Geral (AGI) é vista como o Santo Graal da pesquisa tecnológica. No entanto, a definição de AGI e sua viabilidade geram debates entre especialistas.
Durante a conferência Brazil at Silicon Valley, Michal Kosinski, professor da Universidade de Stanford, declarou: “Nós já ultrapassamos a inteligência artificial geral”. Ele apresentou argumentos para sustentar que a AGI já foi alcançada.
Kosinski destacou que a IA atual pode realizar tarefas como escrever poesias e traduzir línguas em frações de segundos, o que um ser humano não consegue fazer simultaneamente. Ele citou modelos de linguagem avançados, como o GPT da OpenAI.
Segundo ele, a evolução da tecnologia é significativa e, ao ser treinada para tarefas específicas, a IA pode superar humanos rapidamente. Kosinski fez paralelos com o Deep Blue e Alpha Go, que venceram campeões mundiais em xadrez e Go, respectivamente.
Kosinski, com uma trajetória acadêmica polêmica, também alertou para os riscos de tecnologias maliciosas, lembrando de seus estudos sobre como redes sociais podem decifrar personalidades e como o reconhecimento facial pode levar a diagnósticos errôneos.
Na palestra, ele comparou máquinas a psicopatas, afirmando que, apesar de não terem empatia, podem simular emoções para atingir objetivos. Ele questionou a relevância entre o real e a simulação.
Kosinski alertou sobre o potencial das IAs, citando o GPT-4, que simula 10 milhões de neurônios. Ele expressou preocupação sobre a evolução da IA e seus impactos futuros, dizendo que em breve a humanidade pode não ser a forma de vida mais inteligente no planeta.