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No STF, Ramagem nega tentativa de golpe e uso ilegal da Abin

Alexandre Ramagem se defende durante interrogatório e afirma que as anotações criticando as urnas são pessoais. Acusado de liderar uma célula de desinformação, ele garante que provará sua inocência nas alegações da PGR.

Deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, negou envolvimento em tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota em 2022.

Ramagem foi o 2º réu do núcleo a ser interrogado em 9 de junho de 2025 e afirmou que irá “comprovar sua inocência” durante o depoimento. Ele declarou: “Não há veracidade na imputação de crimes”.

Durante o depoimento, destacou que os arquivos em seus dispositivos, com críticas ao sistema de votação, eram apenas “privados” e não planos para atacar as urnas.

A PGR menciona que, sob a liderança de Ramagem, houve uso indevido de ferramentas de inteligência contra opositores do governo. Ele é acusado de autorizar a criação de desinformação através de perfis falsos nas redes sociais.

A célula envolvida contava com o policial federal Marcelo Araújo Bormevet e o sargento do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues. Segundo denúncia, as atividades começaram em 2019 e foram intensificadas em 2021.

Ramagem também possui um documento que indicaria orientações a Bolsonaro para fortalecer narrativas de fraude.

A 1ª Turma do STF começou os interrogatórios em 9 de junho, com previsão para serem finalizados até 13 de junho. O primeiro interrogado foi Mauro Cid, que fechou um acordo de colaboração.

  • Os réus podem permanecer em silêncio.
  • A participação do general Braga Netto será feita por videoconferência, devido à sua prisão preventiva.
  • Após os interrogatórios, as partes apresentarão alegações finais, antes do relator Alexandre de Moraes preparar o relatório para julgamento.
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